(Autor: Saulo Dias)
Perdoa-nos, oh! Mãe Natureza,
somos bilhões de irmãos,que gravitam contigo no espaço,
perdoa nossa insensatez extrema. Muitos de nós não Te entendemos,
Te desrespeita,
Te explora mal,
Te exaure,
não percebe a própria destruição,
esgotando teus mananciais de vida.
Em nome dos teus filhos conscientes,
da gravidade dessa agressão,
apelamos ao teu coração de Mãe,
para uma urgente regeneração.
Perdoa a insensatez do ser “racional”
que ainda não compreende a vida,
que Te fere de morte,
como se de Ti em nada dependesse.
Racional que pensa ser,
o humano filho se sente seguro,
desprezando seu próprio futuro,
na grave questão de (sobre) viver.
“Mãe” querida, de vida renovável,
que o homem pensa inesgotável,
renova-se quando respeitada,
esgota-se quando maltratada.
Não queremos Tua “morte”
que nossa será também,
a súplica é pra mais uma chance,
de transformarmos nossa sorte.
Continuando esta súplica,
peço a Ti perdão:
por algum lixo jogado à rua,
pelo desperdício de água e energia,
por alguma árvore cortada,
e também por aquela que não plantei,
por algum animal que matei,
e pelos cigarros que fumei.
Secas, chuvas, calor ou frio,
desordenados e em excesso,
demonstram claramente perante Ti,
nosso inconsequente desrespeito,
por sua autoridade, diante do “progresso.”
“Mãe Natureza”
Tu ainda és Bela,
Magnífica,
Desconhecida,
Não queremos acelerar tua “velhice”
Nem forçar tua/nossa morte precoce.
Nos julgamos sábios, únicos no Universo,
e afrontamos tuas perfeitas leis,
desenvolvendo artefatos apocalípticos,
provamos nossa imensa pequenez.
Salve “Mãe Natureza”,
do Teu Ventre saímos,
No Teu Seio ainda vivemos,
acomodados em Teu imenso amor.
Amanda Lima